segunda-feira, 23 de fevereiro de 2015

De volta à rotina. Macaé, 06/02/2015

Mais sobre Cartagena. O grande programa, para mim, foi caminhar pelas ruas encantadoras da cidade. E foi basicamente o que fizemos, com exceção de um passeio de bicicleta no domingo, atendendo à Gio. Pena que alugamos bicicletas desenjambradas (?), desconfortáveis e pesadas. Mas depois, sob minhas ordens, caminhamos um bocado. A parte sudoeste da cidade murada é a que concentra os pontos turísticos e os restaurantes, enquanto que a parte nordeste é mais de comércio local e mais barulhenta de dia. Entretanto à noite esta parte comercial fica semidesértica, embora isso não represente perigo, pelo que percebi. Nosso hotel ficava nessa parte nordeste. Estou falando de uma cidade murada em forma de um trapézio de 0,5 x 1 km,  inclinado para NE (veja figura). Esta é a Cartagena caliente. Bem no meio, ao sul, grudado no retângulo, está o bairro de Getsêmani que, apesar de estar fora das muralhas, também pertence a cidade antiga e é muito badalado. Não tivemos a oportunidade de conhecê-lo, infelizmente, mas um colega me falou que é muito legal, com pousadas, restaurantes e bares agitados.
Ficamos dois dias completos em Cartagena, sábado e domingo, além da tarde da chegada (sexta) e da manhã da segunda, este inútil para passeios. Como já falei, no sábado fomos ao Castelo e terminamos o dia jantando no centro. No dia seguinte caminhamos até Las Bovedas, que é a o bico norte deste trapézio onde, nas muralhas, está localizado o centro de artesanatos. Eram antigas salas de armas e soldados e agora são lojas. Algumas delas com produtos muito bonitos, diferenciados. Dali pegamos um táxi para conhecer a Boca Grande, que é o bairro na península, onde está a Cartagena moderna, com prédios residenciais e lanchonetes americanas. Fizemos um tour parecido com o que faz um ônibus turístico, a 40000 pesos por cabeça. Iríamos gastar 160000 pesos no tour; e o táxi custou 40000, o preço de uma. E com ar condicionado... Esta península se chama assim porque era pela ponta dela, a Boca Grande, que entravam as grandes naus espanholas e também os corsários que vinham cercar Cartagena. Era por aqui também que a prata e o ouro da América saiam para a Espanha. Aí  os espanhóis resolveram  afundar um barco na Boca Grande e construir um muro que fica um metro abaixo das ondas, para que os navios não mais pudessem passar: tinham que dar a volta na ilha TierraBomba e passar pela Boca Chica, onde colocaram mais dois fortes de defesa. Isto, junto com a fortaleza de San Felipe de Barajas, junto à cidade, tornaram a cidade mais protegida. Vimos na cidade uma pequena van de argentinos e um Land Rover de brasileiros por lá: grandes aventuras... Não sei se já falei,  mas no centro da cidade velha vale a pena provar o Crepes e Waffles e   tomar um daiquiri no bar cubano,  perto da prefeitura,  ouvindo um som da ilha.
Na hora de ir para o aeroporto,  éramos _4 mais malas, e os táxis são pequenos.  Até que parou um e eu já estava ficando puto com eles: será que eles não percebiam que o táxi era pequeno?  Aí o taxista falou que tinha bagageiro no teto. BINGO! eu pensei. Brilhante saída.  Começamos a montar as malas no bagageiro.  A rua era estreita, portanto uma fila de carros começou a se formar atrás.  Couberam 3 malas encima, mas eram 4, mais mochilas. Uma mala foi no banco da frente  com as mochilas. Nós nos esprememos os 4 no banco de trás,  num taxi minúsculo, tipo um Picanto. Hilário.
Na volta à Bogotá ficamos em uma pousada em um bairro relativamente próximo ao aeroporto (uns 4 km). A rua é bem residencial, com a nossa pousada sendo uma casa adaptada para pousada. Estávamos a uns 150 m da Calle 53, com muitos bares e comércio local. Já havia visitado a região antes, via Street View, então sabia do restaurante Terra, na esquina da nossa rua com a 53. Como chegamos as 2 da tarde, fomos almoçar lá e nos surpreendemos com a decoração interessante do bar e com o prato do dia.

Esperando o almoço no Bar Terra
 O bar à noite...
 A sala de estar da pousada, muito agradável. Na estante a esquerda do sofá, uma saborosa coleção da revista Seleções (Selecciones) da década de 60.
No dia seguinte levantamos as 05:00, para estarmos no aeroporto para o voo das 09:00. A senhora, muito atenciosa, nos fez e serviu um café da manhã, com ovos para mim, pois "elas" não tem muita disposição estomacal de manhã. Também nos chamou um táxi. Havíamos deixado algumas malas no depósito do aeroporto, então fomos resgatá-las para depois fazermos o check-in.
Desayuno à bordo do EMB-190 da TACA, Bogotá/Panamá 
 Aproximação de Panamá. A entrada do canal, lado do Pacífico, está à esquerda da foto




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