On the road: 01/08/2017

A ida ao Vesúvio deu ruim. Me preparei, bermudinha verde folgada, camiseta usada, passaporte, um dinheirinho e celular. Na mochila a Canon, água, gatorade e protetor solar. E uma toalha de rosto emprestada do hotel. Cheguei numa banca e perguntei sobre a parada do onibus para o Vesúvio. Ma, non! Vesuvio é chiuso! me respondeu a mulher. Por causa do incêndio!... Eu falei: Mas como! Me venderam il biglieto ontem!!! Vai lá e pega seu dinheiro de volta... Voltei pro hotel já começando a suar. Qual a opção? Vou voltar lá pela via Toledo, comprar uma bermudinha de tectel, achar a banca que me vendeu il biglieto e visitar a Galleria Borbonica. Fui sozinho, elas querem shoppar. Comprei a bermuda, reavi meus 18 € na banca e fui até a galeria. A próxima visita só as 12:00hs (a anterior foi as 10). Caminhei por ali, igreja de Santa Maria degli Angeli a Pizzofalcone, depois desci de volta ate a piazza del Plebicito, a Basilica Reale Pontificia S Fco da Paola estava aberta, depois Palazzo Reale di Napoli... ai voltei pra Galleria. Nessas caminhadas pode-se perceber como Nápoles é uma cidade suja, cheia de marcas e cheiro de xixi pelas ruas, além de muita sujeira jogada. Parece o Rio e Salvador, porém não me senti inseguro. Isto é apenas uma impressão pessoal. Voltando à Galleria Borbonica, o passeio dura 1h15min a 10 € e começa descendo uns 90 degraus cavados na rocha macia do subsolo da cidade, um tufo vulcânico. Essas escavações originalmente foram para obtenção de pedras para construção e tambem para captação de água para a população. Aos poucos a água ficou contaminada pelas fossas e foi proibido seu uso. O último rei Bourbon Ferdinando II (1853) planejou uma passagem entre o castelo e o quartel das tropas, para defesa ou até mesmo para sua fuga, uma vez que a sua barra estava meio pesada por ali. Esse projeto começou, mas nunca foi concluído totalmente. Durante aquelas escavações, encontraram galerias antigas e tiveram que construir pontes sobre elas. No final foram abandonadas. Durante a II Guerra, esses tuneis abrigaram muitas pessoas dos ataques aéreos aliados sobre Nápoles, que foi a cidade italiana mais bombardeada pelos aliados. Durante os anos 60 e 70, os tuneis foram usados pelo DETRAN local para deposito de veiculos apreendidos em situação irregular. Isso explica a presença de tantas carcaças de carros e motos ali dentro. A caminhada termina no estacionamento Quick Morelli, portanto tem uma boa caminhada para voltar para a rua Toledo, passando pela orla. De volta a Toledo, entrei na Galeria Umberto I, que é muito bonita e imponente, querendo se comparar a Vittorio Emanuelle II, de Milão. Porém está em restauração em alguns locais e não tem tantas lojas. Mas ainda assim, é muito bonita e impressionante. Tem um bar, quase no meio da galeria, chamado Brazilianista, ou algo assim. Dentro tambem tem um Macdonalds e uma loja da Zara, na entrada. Comi um sanduiche de crudo con frommagio i ensalata e uma coca. Depois, subindo para a estação Toledo, tomei um sorvete.

Vi um fox terrier Tchanguito

O Gambrinus

Igreja de Santa Maria degli Angeli

Basilica Reale

Basilica

Piazza del Plebicito

Escadaria no Palazzo Reale

Jardins do Palazzo

A entrada com a Basilica ao fundo

O patio interno do Palazzo

Briefing de entrada na galeria

Os fios elétricos são da II Guerra

Latrinas durante a guerra

Fotos da época da guerra. Mesmo após a guerra, muitas pessoas continuaram morando nas galerias, pois suas casas haviam sido destruídas.

Catres, brinquedos e outros utensílios foram levados para as galerias

Um taxi irregular apreendido e levado para o "depósito"

Questo faccista cap. Aurelio Padovani foi retratado em estátua, bem diferente do que ele era na realidade. A estatua ficava na frente da igreja de Santa Maria. Depois da guerra a estatua foi demolida e levada para dentro da galeria. Ele morreu em 1926 em uma situação suspeita de ter sido um atentado, pois estava em uma sacada que desabou.

Foto da estatua na praça.

Castelo do Ovo. Tem esse nome pois uma lenda diz qud o poeta Virgilio escondeu no castelo um ovo mágico que, se quebrasse, o castelo e a cidade colapsariam.