On the road: 16/01/2020 - Antofagasta, Chile

Fomos conhecer o centro da cidade. As meninas nao foram. Peguamos o micro 110, na porta do condominio. Paga-se 580 pesos por cabeza e tem um cobrador que fica sentado ao lado do motorista. Estava quase vazio. Depois de algunas voltitas, passando pelo estadio e pelo Mercado Central, descemos na Arturo Pratt, que vira peatonal mai adiante. Trocamos dolares, compramos um óculos de sol, café e caminhamos pela praça Cólon.

Na orla, antes do molhe, tem o museu de Antofagasta, que é muito legal e grátis. No térreo é apresentada toda a sequencia de descobertas antropológicas nessa região, com os primeiros achados de ossos humanos datados de por volta de 10000 anos. Tem muitas ocorrencias de pinturas rupestres desses povos e restos liticos de ferramentas. Mais tarde, ja evoluindo para assentamentos mais duradouros, as descobertas de vestigios de habitacoes circulares, formadas por ramas cruzadas por paus ou ossos de baleias e cobertas com peles. Essas habitacoes foram constatadas inclusive pelos primeiros europeus, ai pelo séc. 16.
Tudo isso é mostrado de forma muito bem apresentada em um espaco relativamente pequeno. O terreo termina com os primeiros europeus que constataram as construcoes nativas de pequenos botes individuais em couro, usados para caça as baleias.
O segundo andar mostra a evolucao da regiao ja sob o dominio espanhol. A presenca da Bolivia e a posterior tomada pelo Chile. A exploracao do guano, no sec 19 e posteriormente do salitre, da prata e do cobre. Nota 10 para o museu, que e para ser explorado mais lentamente. Quando estavamos lá, as salas são escuras, iluminacao sutil, ouvimos um barulho de algo caindo. Logo em seguida ouvimos passos rapidos, vi um homem com uma espingarda, caminhando. Ja tinha visto armas expostas nas vitrines e achei que estivessem alterando alguma. Nao dei importancia e continuei o recorrido. Um pouco depois saimos e sentamos na varando pra tirar algumas fotos, quando chegou um cara do museu e pediu para sairmos, pois tinha havido uma tentativa de roubo no museu e a perícia iria investigar. Saímos.
Em frente ao museu está a antiga estação ferroviária, um prédio verde de dois andares, de costas para o mar. Atravessando os trilhos e a avenida, chega-se no molhe de madeira, restaurado recentemente, que avanca uns 80 m na baia de aguas calmas. Ao longo desse antigo molhe estao dispostas algumas gruas de carga para variadas capacidades de carga e, bem na ponta, uma cábrea, que é um tipo de guindaste mais possante em forma de tripé. A reforma reconstruiu algumas partes do passadiço em vidro, onde se ve o mar.
Voltamos a praça e fomos tomar um cafe no bar do hotel Terrado. Fui molhar a mão no Pacifico e pegamos um uber pra voltar. O jovem motorista simpatico fez um pequena volta ora nos mostrar o estadio onde o Fluminense havia jogado e ganhado de 1 x 0 do S C Antofagasta, alguns anos atras. Depous passamos pelo Balneario Municipal, a praia deles, e o calçadão da orla, locais muito legais de passear. RECOMENDO!